Tendências para o e- commerce brasileiro
Autoria do Prof. Antonio Carlos Giuliani, nosso cliente desde 2007!
Nosso país nunca foi tão conectado como hoje. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD2014), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), metade dos lares brasileiros está plugada à rede mundial de computadores, 50,1% da população utilizam a internet. Os hábitos da população impressionam, são 86 milhões de brasileiros com mais de dez anos, que acessaram a internet pelo menos uma vez no ano em 2014.
Da população entre 16 e 49 anos das classes A, B e C, 74% da população vivem conectados. Em um ano o número de brasileiros que usam três ou mais telas cresceu em 10 milhões, em 2013 eram cerca de 30 milhões e em 2014 os usuários multitela, foi de 40 milhões. O Brasil apresenta-se como solo fértil para os negócios na internet.
O e-commerce no Brasil continua crescendo, mesmo em um ambiente econômico não favorável, ainda há muito espaço para expandir. No inicio dos anos 2000, quando o e-commerce começou a engatinhar no Brasil, o grande desafio era mostrar ao consumidor que o carrinho de compras representava um modo rápido e, acima de tudo, seguro de comprar.
Com o crescimento tornou-se competitivo levando os varejistas a oferecerem as melhores ofertas, uma vez que muitas lojas podem oferecer o mesmo produto, cabendo a empresa a responsabilidade de buscar por outros atributos que prendam o cliente, como por exemplo , oportunidades de frete, promoções e destaque do produto, fornecendo o máximo de informações.
O mercado do e-commerce passa por um processo de amadurecimento natural e, com isso, para atuar nesse mercado é importante focar em métricas que atestem, o crescimento sustentável do negócio. Atrair a atenção do internauta, bombardeado 24 horas por apelos, os mais atrativos e diversos, tornou-se um dos maiores desafios do e-commerce.
Mesmo que uma pessoa decida fazer uma compra on-line, muitas vezes ela visita o ponto físico para pegar o produto, conhecer, interagir, tirar dúvidas. As pessoas se relacionam com as marcas, têm necessidade de um produto e vão navegando, seja nas plataformas digitais ou na vida, buscando informações, interações.
Portanto, deve-se colocar no ar não só o ambiente de e-commerce, mas a comunicação sobre ele. O que a marca é, no ambiente digital, nas plataformas digitais. Com um cenário econômico que inspira cuidados, o mercado caminha para busca de resultados financeiros.
Estudo realizado pela área comercial da GS&ECOMM, unidade de varejo digital da GS&MD destaca as principais tendências para o e-commerce brasileiro, que devem ser analisados para a condução do e-commerce.
O varejo tradicional vai concorrer com a indústria que vem para o mercado virtual, oferecendo qualidade e serviços diferenciados, como exemplo, pode-se destacar a loja virtual da Electrolux com um ano de operação, oferece aos consumidores o acesso ao portfólio completo de produtos, soluções da marca, frete gratuito para algumas regiões.
Os atacadistas enxergaram oportunidade para atender os pequenos varejistas auxiliando a incrementar seus produtos e serviços, aumentando assim seu ticket médio. O varejista se torna mais rentável e compra mais do atacadista. O crescimento dos serviços, com intuito de capilarizar sua atuação, com o e-commerce de serviços, reduz os custos com a força de vendas, e atrai cada vez mais consumidores com dificuldades de se locomover nos grandes centros.
Na Englishtown, a OpenEnglish o consumidor dita as regras de quando e como quer aprender. Com os altos impostos praticados no país, o consumidor passou a procurar lojas estrangeiras, vendo esse potencial as grandes companhias começam a montar suas operações no Brasil.
O Alibaba, grupo chinês, que reúne 10 sites é o mais conhecido oferecendo preços baixos e entrega em 200 países. Esse novo cenário necessariamente obrigará o varejo a amadurecer muito no aspecto gestão. O mercado vai continuar crescendo e muito competitivo, os grandes grupos brigando por Market share e subsidiando os altos custos de ações de frete grátis, taxas de parcelamento ao cliente e preços de vendas promocionais muitas vezes abaixo do custo do produtos.
O segmento de e-commerce, como um todo, ainda é um segmento que gera altos prejuízos financeiros. Acertar a equação entre o preço praticado na ponta, cobrança do serviço de frete para o consumidor final, necessidade de capital de giro e investimento adequado serão os maiores desafios do canal no médio prazo.